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domingo, agosto 14, 2011

CIDADE COLABORATIVA, EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA vem focando há decadas a educação como base do crescimento científico e tecnológico do país, em especial a educação técnica produzida pelas universidades e escolas técnicas, pelos seminários temáticos e de categorias profissionais, pelos cursos livres produzidos por profissionais e viabilizados pelo Conselho. Educação regular e educação continuada, universitários, seminários, currículos técnicos e cursos livres são campos de atenção do CONFEA ao longo de décadas. Faltava uma atuação expressiva no campo da educação popular, lacuna que o Conselho supriu recentemente.
Um entrave ao salto qualitativo necessário ao Brasil no processo de desenvolvimento localiza-se na nossa produção tecnológica, ainda restrita a poucos grupos de pesquisa. Falta um envolvimento massivo com as atitudes de inovação e empreendimento. Criamos pouco, e, ainda que elevemos os nossos índices de criação, não é o bastante, é preciso saber usar; e só se usa bem aquilo que se conhece. Faz-se necessário um esforço de educação popular que divulgue os princípios da ciência a toda a população e a envolva nos procedimentos de criação e de uso adequado da tecnologia.
A iniciativa do CONFEA, com o projeto CIDADE COLABORATIVA, cuja quarta fase está em andamento, representa uma contribuição à formação de uma cultura científica e tecnológica entre nós. As fases iniciais se centraram em soluções aos problemas urbanos e as atividades do momento voltam-se às sugestões voltadas ao meio rural e a testagem da sua aplicabilidade.
O planeta se estrutura para a construção de uma economia verde, perceptível nos fóruns da Organização das Nações Unidas - ONU (GREEN ECONOMY). O conhecimento será influenciado por essa tendência. Da ontologia à semiótica, da epistemologia à educação, toda filosofia e todo saber prático será revolucionado e nadará na contra-corrente o povo que não souber se adaptar.
Os professores brasileiros têm demonstrado que, apesar dos baixos salários e da baixa perspectiva de ascensão profissional tanto no serviço público quanto no privado, jogam na direção do futuro, buscando um país justo e desenvolvido. Será que podemos esperar o mesmo dos organismos estatais de planejamento e de fomento? Creio que sim, mas aí teríamos que discutir a eficácia da gestão, a limpeza ética que se faz necessária, o que quer dizer combate à corrupção. Mas este é um assunto que ultrapassa o tema de hoje. 


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